Melvin Jones nasceu em Fort Thomaz, Arizona, Estados Unidos, a 13 de janeiro de 1879. Seu pai, capitão Calvin Jones, era comandante de uma tropa de exploradores, sob as ordens do general Nelson Miles, famoso na luta contra os índios. Sua mãe, Lidia Giber Miles, deu-o à luz e criou-o em meio às constantes ameaças de assalto dos indígenas. As memórias da infância de Melvin eram uma mescla de tropas uniformizadas de azul, cavalos de combate, clarins, comboios, gente curtida pelo sol e muita poeira. A família Jones fez escolas em St. Louis, Missouri e em Quincy, Illinois, onde Melvin frequentou as escolas. Era, porém, uma instrução precária que ele supriria mais tarde frequentando a Universidade. Gostava da advocacia e de música. Jovem, ainda, em Chicago, obteve emprego na agência de seguros de Johnson & Higgins e não mais saiu do ramo. Em 1913, Melvin era proprietário da Melvin Jones Insurance Agency e progredia. Um dia foi convidado por amigos para almoçar no Clube de Negócios de Chicago, no velho restaurante “Boston Oyster House”, clube este integrado pelos principais homens de negócios e profissionais da comunidade.

Os sócios  eram clientes entre si, faziam propaganda uns dos outros, ajudavam-se mutuamente, de forma solidária. Melvin Jones tornou-se logo sócio. Pertencer ao Clube era um privilégio; porem, para ele, também era um desafio à sua capacidade empreendedora. Logo vitalizou o conjunto da organização introduzindo novas ideias em seu funcionamento. Em 1915 já se perguntava por que essa grande força coletiva e solidária não havia de ser encaminhada para servir, desinteressadamente, a outros setores da comunidade, mais necessitados. Em 1916, seguindo suas ideias sobre a ação coletiva, começou a escrever a outros clubes similares, sondando-os a respeito da formação de uma associação nacional. Seu escritório de seguros converteu-se em centro de atividades, onde ele e sua mulher trabalhavam dias e noites respondendo à avalanche de cartas cheias de perguntas com que muitos contestavam suas sondagens.

Do tumulto de tantas palavras nasceu a ideia do novo clube para servir às comunidades. Naquelas noites de 1916, no seu escritório de seguros de Chicago, nascia o espírito leonístico para se transformar em realidade. Finalmente, com o acúmulo de dados e em longas conferências com seus associados, Melvin Jones propôs a filiação do Clube de Negócios a um conjunto de clubes. A proposição foi aceita pelos diretores. Assim, em 07 de junho de 1917, convidados por Jones, vinte delegados, representando vinte e sete clubes de várias partes dos Estados Unidos, se reuniram na sala leste do Hotel La Salle de Chicago. Desta reunião surgiu o leonismo. Houve dificuldades para a escolha do nome da associação.

O nome Lions foi um dos propostos com o argumento de que o animal leão simbolizava valor, força, fidelidade e ação, predicados que deveriam nortear o novo Clube. Por votação secreta se decidiu que a nova Associação de Clubes se chamaria Associação dos Lions Clubes. Ai estava o núcleo do leonismo destinado a desenvolver a prática do companheirismo e do serviço desinteressado para as suas comunidades. Melvin Jones continuou com sua agência de seguros em Chicago, até 1926, mas muito antes já a havia posto em segundo plano, dedicando-se principalmente ao leonismo. Seu esforço fez a organização crescer vertiginosamente. Em 1950 recebeu o título de secretário geral perpétuo do Lions Internacional. Em 1958 a esse título foi acrescentado o de comendador. Antes, em 1953, inaugurara o grande edifício próprio da associação na Av. Michigan. O escritório de Melvin Jones, no quarto andar da matriz internacional, é hoje conservado, como lembrança eterna do homem que dedicou toda uma vida, uma poderosa inteligência e um grande coração a ajudar desinteressadamente a humanidade. Vale destacar que Melvin Jones nunca presidiu o Lion Clube Internacional. Na III Convenção de Chicago – Illinois, em 1919, foram estabelecidos os objetivos dos Lions Clubes, observados até hoje por todos os clubes espalhados pelo mundo: “Criar e fomentar um espírito de compreensão entre os povos da terra. Incentivar os princípios do bom governo e da cidadania. Interessar-se ativamente pelo bem-estar cívico, cultural, social e moral da comunidade. Unir os clubes pelos laços da amizade, bom companheirismo e compreensão mútua. Promover um fórum para livre discussão de todos os assuntos de interesse público, excetuando-se, entretanto, o partidarismo político e os sectarismos religiosos, que não serão debatidos pelos associados no clube. Incentivar os homens bem intencionados a servir suas comunidades sem benefício financeiro, estimular a eficiência e promover elevados padrões éticos no comércio, na indústria, nas profissões, nos serviços públicos e nos empreendimentos particulares.” Há um ritual de civismo a ser obedecido nas realizações das assembleias de associados.

Um dos tópicos é a invocação a Deus. A primeira invocação a Deus usada pelos Clubes Lions dizia o seguinte: “Senhor, ensine-me que sessenta minutos faz uma hora; dezesseis onças uma libra e cem centavos um dólar. Ajude-me a viver de maneira que eu possa descansar à noite, com consciência limpa, sem arma sob o travesseiro e sem ser assombrado pelas faces daqueles a quem eu trouxe algum sofrimento. Permita-me que eu possa ganhar meu sustento na praça e que ao fazê-lo não ultrapasse os meus limites. Torne-me surdo aos apelos do dinheiro corrompido e aos sussurros de mulheres profanas. Torne-me cego aos erros de meu semelhante, mas revele-me os meus próprios. Guie-me para que cada noite quando eu fitar minha esposa, que tem sido uma bênção para mim, eu não tenha nada a ocultar.

 

Conserve-me jovem o bastante para rir com meus filhos. Quando chegar o cheiro das flores, o caminho de passos livres e o ruído dos pneus sempre em frente façam a cerimônia curta e o epitáfio simples: Aqui jaz um homem.” Essa invocação foi proferida por Mister P. Power, do Clube de St. Louis, ao encerramento da reunião realizada no East Room do Hotel La Salle, em Chicago – Illinois, na quinta feira, 07 de junho de 1.917, às 14:00 hs.

Em dezembro de 1951, Nivaldo Navarro, do Lions Internacional, estava visitando o Lions Clube de Montevideo, Uruguai, com a missão de difundir o Lions na costa do Atlântico e, principalmente, no Rio de Janeiro. Um ilustre brasileiro, Dr. Armando Fajardo, encontrava-se em Montevideo para assistir provas de turfe. O presidente do Clube Lions de Montevideo, Pedro Berro, também turfista, era amigo do Dr. Fajardo. Ambos se encontraram e iniciaram os entendimentos para a fundação de um Clube Lions no Rio de Janeiro. Por ser negociante e da alta sociedade, Dr Fajardo não teve dificuldades em arregimentar quarenta pessoas que, em 16 de janeiro de 1952, com ele a frente, em um almoço festivo nos salões do Jockey Clube Brasileiro, pudessem ser empossados pelos Companheiros de Montevideo, recebendo seus títulos e distintivos de Leões.

Naquela época, o Lions Internacional já era conhecido no Brasil. Antes mesmo da fundação do Lions no Rio de Janeiro, vários cidadãos buscavam, isoladamente, traze-lo para cá. Quem mais se adiantou foi o Dr. Floriano Peixoto Santos, de São Paulo, que em viagem aos EUA conheceu de perto o Lions Internacional e seus objetivos. De volta ao Brasil, encaminhou correspondência solicitando permissão para instalar um Clube Lions em São Paulo. O Diretor Geral do Lions, na época Roy Keaton, o respondeu informando que era pensamento do Lions primeiro instalar um clube no Rio de Janeiro por ser a capital do Brasil. Como tinha acabado de ser instalado o clube no Rio de Janeiro, por indicação do Lions em Chicago, Floriano Peixoto é posto em contado com o Dr. Fajardo, começando a história do segundo Clube Lions no Brasil e em São Paulo, em 23 de junho de 1952, com cinquenta e seis associados, tendo a frente o CL Floriano Peixoto, ostentando, merecidamente, o título de Fundador do Lions Paulista. O CL Armando Fajardo foi, ainda, o primeiro Conselheiro Internacional do Brasil e o primeiro governador de Distrito do Brasil. É o patrono do leonismo no Brasil, título outorgado na Convenção Nacional de Salvador, Bahia, em 1964.

 

CL Floriano Peixoto é considerado o Leão no. 01 do Brasil. A partir de julho de 1999, por decisão da Convenção Nacional de Belo Horizonte, Minas Gerais, de maio de 1998, o Brasil foi dividido em quatro distritos múltiplos: LA; LB; LC e LD, onde L é extensão do leonismo no Brasil. Em nosso Estado de Santa Catarina, o Lions Clube de Itajaí, é o 5º a ser fundado no Brasil e primeiro no Estado, em 15 de maio de 1953, e o de Florianópolis, 7º. do Brasil e 2º. do Estado, fundado em 06 de agosto de 1953. O primeiro clube de Brusque é o Lions Clube Brusque Centro, fundado em março de 1954.

O Distrito Múltiplo LD (DMLD) é composto pelos clubes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ele se desdobra em 09 (nove) Distritos: LD-1 e LD-6, no Paraná; LD-2; LD-3, LD-4 e LD-7, no Rio Grande do Sul e LD-5; LD-8 e LD-9, em Santa Catarina. O Distrito Múltiplo é comandado por um Presidente.

Os Distritos são comandados por Governadores. O LD-5, pertencente ao Estado de Santa Catarina, esta subdividido em cinco Regiões e estas subdivididas em Divisões. Tanto as Regiões quanto as Divisões são geridas por um Presidente, assim como os respectivos Clubes.  

A Região 1 é composta pelas Divisões A e B.

A Divisão A é formada pelos  seguintes Clubes: LC Canoinhas; LC Itaiópolis; LC Mafra Pérola do Planalto; LC Papaduva e LC Universitário UnC Canoinha.

A Divisão B pelos seguintes Clubes: Campo Alegre; Mafra-Centro; Rio Negrinho e São Bento do Sul.

A Região 2 é formada pelas Divisões C e D.

A Divisão C composta pelo seguintes Clubes: LC Corupa; LC Jaraguá Sul-Centro e Jaraguá-Sul Cidade Industrial. A Divisão D por: LC Araquari; LC Cidade de Joinville; LC Joinville Norte e LC São Francisco do Sul.

A Região 3 é constituída pelas Divisões E, F e G.

A Divisão E composta pelos Clubes: LC de Brusque Berço da Fiação; LC Brusque Centro; LC Itajaí CL Pedro Paulo Rabello; LC Itajaí Verde Vale; LC Tijucas; LC Universitário ASSEVIM Brusque; LC da UNIFEBE e Núcleo Flor de Liz Batistense.

A Divisão F, pelos Clubes: LC Barra Velha São João do Itaperiú; LC Itajaí Centro; LC Itajaí Praia; LC Itajaí Sul; LC Navegantes e LC Piçarras/Penha Balneários Unidos.

A Divisão G formada pelos Clubes: LC Balneário Camboriú Barra Sul; LC Balneário Camboriú Centro; LC Balneário Camboriú CL Gov. Célio Gascho; LC Balneário Camboriú Leão do Mar; LC Camboriú; LC Itapema e CL Porto Belo Costa Esmeralda.

A Região 4, composta pelas Divisões H e I.

A Divisão H pelos seguintes Clubes; LC Blumenau Garcia; LC Blumenau Cidade Jardim; LC Gaspar e LC Ilhota Encanto do Vale.

A Divisão I pelos Clubes: LC Blumenau Centro; LC Blumenau Dr Blumenau; LC Blumenau Sul e LC Timbó.

A Região 5, constituída apenas pela Divisão J, com os seguintes Clubes: LC Rio Sul Bela Aliança; LC Taió e LC Presidente Getúlio.